Se tivesse de resumir a época de 2025, Maria Tomé não tem dúvidas: “Montanha-Russa.” E percebe-se porquê. Logo no arranque, quando alcançou o melhor resultado de sempre numa WTCS, a sensação foi clara: “Ok, isto está mesmo a correr bem.” Mas, como qualquer boa montanha-russa, também houve loopings, curvas apertadas e aqueles momentos em que só apetece travar a fundo e ir comer um pastel de nata, neste caso, depois de três fins de semana seguidos a competir em três países diferentes.
No meio deste sobe e desce competitivo, houve lições importantes. A Maria percebeu que tudo o que viveu na época passada, por mais duro que tenha sido, serviu para a fazer crescer e confiar mais em si. Nem houve provas atravessadas na garganta: talvez seja esse o superpoder dela: virar a página rápido, sem dramatismos.
Houve também emoções fortes. Após a WTCS de Weihai, na China, já no terceiro fim de semana consecutivo de competição, vieram aquelas quase-lágrimas de frustração e cansaço: “sentir que se podia dar mais, mas que o corpo já estava no limite”. Faz parte, até as montanhas-russas têm travões.
E como nem só de competição vive uma triatleta, à mesa, a Maria brilhou com snacks que podem ter chocado alguns: “doritos de queijo com queijo da “vaca que ri”. Para ela, perfeitamente normal. Para quem viu, talvez menos.
Se a época tivesse banda sonora, seria uma escolha épica: “Don’t Stop Believing’” , perfeita para quem continua a acreditar mesmo quando a montanha inclina.
Momentos ou gestos que a tenham tocado profundamente? Nada a assinalar, confessa. Talvez porque esta época foi menos sobre o que veio de fora e mais sobre aquilo que ela construiu por dentro.
No fundo, 2025 foi isto: uma viagem intensa, cansativa, surpreendente e, acima de tudo, transformadora. Uma montanha-russa daquelas que dão vontade de sair a rir…e depois voltar à fila para mais uma volta.
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