Miguel Arraiolos é um dos nomes de referência do triatlo português. A sua carreira e postura falam por si. Representou Portugal nos maiores palcos da modalidade, incluindo os Jogos Olímpicos, viveu os altos e baixos da alta competição e carregou consigo a disciplina e a resiliência de quem sabe o que é lutar por cada segundo. Hoje, a vida mudou. Deixou o fato de competição, mas não largou o triatlo. Agora, é treinador e garante que essa transição foi menos uma mudança de rumo e mais a continuação natural de um caminho que começou há 20 anos.
“Eu tive muitos treinadores durante a minha carreira e aprendi com todos eles. Aos poucos fui percebendo o que fazia mais sentido e o que não fazia tanto, e fui criando as minhas próprias ideias sobre o que era preciso para estarmos sempre a evoluir”, recorda. A vontade de transmitir esse conhecimento ganhou forma há quatro anos, quando o Benfica abriu um polo de triatlo de alta competição no Jamor e João Mascarenhas confiou-lhe a liderança de um grupo de atletas.
A experiência abriu portas. Hoje já não faz parte da equipa técnica encarnada, mas continua a acompanhar dois atletas de alta competição no projeto Apulso, ao lado do amigo e também olímpico João Pereira. “No fundo, sinto que a minha carreira de treinador não começou há quatro anos. Todo o conhecimento que adquiri como atleta já era parte desse percurso. Por isso, para mim, carreira de atleta e treinador é uma só, já com 20 anos de estrada.”
Se muitos ex-atletas procuram uma vida fora do desporto, Miguel Arraiolos não tem dúvidas: “Neste momento não me vejo em nenhuma carreira profissional fora do triatlo. Sempre tive uma paixão gigante por esta modalidade e sinto que ainda tenho muito para dar e transmitir.”
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